SUBSTANTIVO
Colômbia, bola, medo, trovão, paixão, etc. Essas palavras estão dando nome a lugar, objeto, sensação física, fenômenos da natureza, emoções, enfim as coisas em geral. Esses nomes são chamados SUBSTANTIVOS.
Assim, podemos dizer que substantivo é a palavra que dá nome aos seres. Eles podem ser classificados da seguinte forma:
Concreto; Abstrato; Comuns; Próprios.
CLASSIFICAÇÃO DO SUBSTANTIVO
CONCRETO é aquele que indica a existência de seres reais ou imaginários. Exemplos:
Reais imaginários
Brasil bruxa
Recife curupira
ABSTRATO é aquele que indica sentimentos, qualidades, ações, estados e sensações. Exemplo:
Sentimento: amor, ódio, paixão;
Qualidade: honestidade, fidelidade, perfeccionismo;
Ações: trabalho, doação;
Estado: vida, solidão, morte;
Sensação: calor, frio.
COMUNS é aquele que indica elementos de uma mesma espécie. Exemplo: Criança, cidade, livro.
PRÓPRIO é aquele que indica um ser em particular. Exemplo: Roberto, Pernambuco, Capibaribe, Brasil.
Os nomes próprios são utilizados principalmente em: Rios: Capibaribe, Amazonas; Cidades: Recife, Porto Alegre; Estados: Pernambuco, Rio Grande do Sul; Países: Brasil, Austrália; Pessoas: Rubem, Antônio; Empresas: Intel, Oracle.
Observação: o substantivo coletivo é um substantivo comum que, mesmo no singular indica um agrupamento, multiplicidade de seres de uma mesma espécie. Constelação » estrelas; Cáfila » camelos.
Vejamos alguns substantivos coletivos:
Alcatéia » lobos; Arquipélago » ilhas;
Banca » examinadores, advogados;
Boiada » bois;
Cacho » bananas, uvas;
Década » período de dez anos;
Discoteca » discos;
Enxame » abelha, insetos;
Esquadrilha » aviões;
Fauna » animais de uma região;
Frota » carros, ônibus;
Lustro » período de cinco anos;
Manada » bois, porcos;
Pinacoteca » quadros;
Quadrilha » ladrões;
Rebanho » gado, ovelhas;
Resma » quinhentas folhas de papel;
Século » período de cem anos;
Triênio » período de três anos;
Vocabulário » palavras.
FORMAÇÃO DO SUBSTANTIVO. Quanto à formação o substantivo pode ser: Primitivo; Derivado; Simples; Composto.
PRIMITIVO dá origem a outras palavras. Exemplo: Pedra, ferro, vidro.
DERIVADO é originado através de outra palavra. Exemplo: Pedreira, ferreiro, vidraçaria.
SIMPLES Apresenta apenas um radical na sua formação. Exemplo: Vidro, pedra.
COMPOSTO Apresenta dois ou mais radicais na sua formação. Exemplo: Pernilongo, couve-flor.
ADJETIVO
Adjetivo é a palavra que expressa uma qualidade ou característica do ser e se "encaixa" diretamente ao lado de um substantivo.
Ao analisarmos a palavra bondoso, por exemplo, percebemos que além de expressar uma qualidade, ela pode ser "encaixada diretamente" ao lado de um substantivo: homem bondoso, moça bondosa, pessoa bondosa.
Já com a palavra bondade, embora expresse uma qualidade, não acontece o mesmo; não faz sentido dizer: homem bondade, moça bondade, pessoa bondade.
Bondade, portanto, não é adjetivo, mas substantivo.
Artigos são palavras que precedem os substantivos para determiná-los ou indeterminá-los. Os artigos definidos (o, a, os, as), de modo geral, indicam seres determinados, conhecidos da pessoa que fala ou escreve.
- Falei com o médico.
- Já encontramos os livros perdidos.
Os artigos indefinidos (um, uma , uns, umas) indicam os seres de modo vago, impreciso.
- Uma pessoa lhe telefonou.
- Uns garotos faziam barulho na rua.
Verbo
Verbo é a palavra que expressa processos, ação, estado, mudança de estado, fenômeno da natureza, conveniência, desejo e existência. Desse modo, enquanto os nomes (substantivo, adjetivo) indicam propriedades estáticas dos seres, o verbo denota os seus movimentos, por isso sua característica de dinamicidade.
Exemplos:
- Um homem já escorregou neste chão molhado e deixou cair seu livro de matemática
...[escorregar: verbo = ação que expressa a dinamicidade de "homem"]
- Por enquanto as matas continuam indefesas.
Atividades propostas pelo Professor Ariistóteles para a segunda série do Ensino Médio noturno da Unidade Integrada Profª Leda Tájra.
Registrar no caderno a biografia de CHICO ANYSIO para postérior análise. (PERÍODO 26 DE MARÇO À 2 DE ABRIL)
CHICO ANYSIO
(Ator, humorista ,diretor) 1931-2012
Francisco Anysio de Oliveira Paula Filho é filho de Francisco Anysio, um dos homens que foi dos mais ricos do Ceará, e de dona Haideé Viana de Oliveira Paula. Sua mãe era “especialíssima”, e embora tendo um problema grave no coração, morreu aos 89 anos de idade. O pai tinha uma enorme empresa de ônibus, que um dia pegou fogo, e ele foi dormir rico e acordou pobre. Chico Anysio nasceu na cidade de Maranguape, no dia 12 de abril de 1931. O pai de Chico foi casado quatro vezes e teve 17 filhos, dos quais só uma morreu. Aos oito anos o garoto foi com a família para o Rio de Janeiro e já começou a imitar as pessoas, e para ir ao cinema ou ao futebol, economizava o dinheiro do bonde, indo a pé para o colégio.
Com 14 anos começou a ir aos programas de calouros do Rio e depois de São Paulo, e ganhava todos. A ponto de não o aceitarem mais. Foi ao “Programa Ary Barroso”, à “Hora do Padre”, ao “Trabuco”do Vicente Leporace, em São Paulo. E logo Renato Murce o aproveitou para um show. Ia fazer suas imitações nos clubes do Rio e ganhava seus cachês. Estudou para ingressar na Faculdade de Direito, passou, mas não cursou. Foi contratado para o rádio e depois de 15 dias, já tinha quatro profissões: era ator, locutor, redator e comentarista esportivo. Gostava de tudo e fazia tudo perfeitamente bem. Era a Rádio Guanabara. Foi galã de novelas, mas logo preferiu a linha de shows e de comédias, ao lado de Grande Otelo, Chocolate, Luiz Tito. E foi se multiplicando, sem nem mesmo ele saber como. Chegou um momento, porém, já na televisão, que achou que devia escolher uma estrada para ele. E escolher ser “vários”. Decidiu fazer vários personagens. E isso passou a ser o seu “diferencial”.
Pensava: “Se um personagem cansar, ele sai, e fica outro. Foi ele que cansou, não eu”. Às vezes eram tão diferentes umas das outras, que nem mesmo ele entendia. Chegou a fazer 207 personagens na televisão. Seu começo nesse veículo de comunicação foi em 1957, fazendo o “Professor Raimundo”, na TV Rio. Tinha estado por muito tempo na Rádio Mayrink Veiga, sempre com sucesso.Na TV Rio, sob a direção de Walter Clark, o sucesso continuou.
Como não havia video-teipe, ia de avião para São Paulo, e lá também fazia sucesso. Mas aconteceu de ver rejeitados alguns personagens seus, que mais tarde explodiram de tanto sucesso, como o “Coronel Limoeiro”, o “Quem-Quem”. E aí veio o video-teipe. Como já havia abandonado o rádio, dedicou-se então mais à televisão. Continuava, porém, escrevendo para o rádio. E seus personagens para a televisão ele mesmo escrevia. Só mais tarde foi tendo redatores, como o Antonio Maria, o Aloísio Silva Araujo, Max Nunes. Esteve na Record, e dentro do programa: “Essa Noite se Improvisa”, ganhou três carros, várias geladeiras, era enfim do primeiro time. Esse era um programa de Blota Junior, em que o apresentador dizia uma palavra e os concorrentes tinham que cantar uma música com aquela palavra. Chico ganhava quase todas. Quando esse programa mudou de estilo, Chico Anysio pediu demissão.
Após sua saída da Record, foi para o Reio estrear o Teatro da Lagoa. Era o ano de 1969, e aí foi também convidado para ir para a TV Globo. Conheceu o Boni, que nele confiou totalmente, e a quem reverencia até hoje, como sendo o homem que mais entende de televisão. Foram 16 anos de grandes programas. Fez: “Chico Anysio Show”, “Chico City”, “Estados Unidos de Chico City”, “Chico Total”. Em todos eles apareceram seus tipos imortais, como os citados àcima e mais a “Salomé”, o “Painho”, o famoso “Profeta”, e tantos outros. Francisco Anysio se tornou o número um, entre os comediantes do Brasil. Mas aí teve uma queda e fraturou a mandíbula. Ficou um tempo com a dicção praticamente imobilizada. Foi para os Estados Unidos e sua recuperação aconteceu lentamente. Voltou com a “Escolinha do Professor Raimundo” e mais recentemente com “Zorra Total”, em que faz vários tipos famosos. Casado seis vezes, o comediante tem oito filhos, sendo um adotado. Este é seu empresário. Os outros, que são adultos, também estão ligados à arte. Tem dois filhos pequenos, de seu casamento com Zelia Cardoso de Melo, que moram nos Estados Unidos. Só a caçula é mulher e seu nome é Vitória. O pai viaja para vê-los, pelo menos uma vez ao mês.
Chico Anysio ainda é escritor. Tem quinze livros lançados e doze à serem editados. E é pintor. Faz uma média de 300 quadros por ano, e está na fase “Marinha”. Vende seus quadros, vende seus livros, e consegue sucesso em tudo o que faz. Trabalhador incansável, dorme apenas quatro horas por noite e, sua explicação para tanta vitória, é o que um amigo lhe disse: ” Não sou ator. Sou Médium”. Essa afirmação ele faz, num tom entre a brincadeira e a reflexão, e se pode ver em seus olhos, uma luz de gratidão, pois nem Francisco Anysio consegue explicar o inexplicável, que é Chico Anysio.